quinta-feira, 8 de julho de 2010

O ETERNO RETORNO.

... "E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de retornar, e tudo na mesma ordem e sequencia - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este estante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez - e tu com ela poeirinha da poeira!" Não te lançarias ao chão e rangeria os dentes e amaldiçoaria o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderias: "Tu és um deus, e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto mais uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?" A Gaia Ciência - 1882 - Friedrich Nietzsche

Após dias de muita tensão com as atividades acadêmicas do 7o. Semestre de Geografia no Instituto de Geociências, às 17h26 desta quarta-feira, finalizei meu período de aulas na faculdade.
A citação acima é de um livro que li a mais ou menos 5 anos atrás, "A Gaia Ciência" do filósofo alemão Friedrich Nietzsche e acredito que traduz bem este momento de retorno e de maior atenção a outra grande paixão em minha vida, fazendo pensar, em quantos "retornos" realizei ao longo desta vida realizando coisas que sempre fiz e talvez sempre faça...

Uma ilustração que fiz a um tempão atrás que neste momento volta com uma nova roupagem, nas cores do meu amigo carioca, estudante de Artes Plásticas da UFRJ, Heder "Troiano" Lima. O Heder sempre costuma mostrar o lado mais puto do meu trabalho, colorindo as pin-ups mais eróticas, criando uma imagem de "ilustrador XXX". Na verdade, é só um trabalho que possivelmente termine sua função em si próprio. Um breve entretenimento para tornar a vida mais leve daqueles que tem tantas responsabilidades e comprometimento com seu dia-a-dia, com as pessoas.

Bem, nos próximos dias, como sugestão do Jean Sinclair, "vou me acorrentar a prancheta" e materializar as idéias que tenho tido ao longo destes dias de ausência, e como diria nosso filósofo, voltando para as coisas que sempre fiz.

Abração.

LET's ROCK!

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