sexta-feira, 12 de março de 2010

MORRE GLAUCO.


Aos meus 14 anos quando pensava como seria a vida de um ilustrador em São Paulo tinha como referências os cartunistas que publicavam para a Folha de São Paulo: o Laerte, o Angeli e o Glauco, antes de conhecer os quadrinhistas brasileiros que trabalhavam para o exterior, mas isso é uma outra história...

No meu imaginário criavam-se cenas como uma sala empilhada de quadrinhos e referências fotográficas, rock, folhas A3, lápis de diversos tipos, canetas técnicas, aquarela, guache, café, guloseimas... e horas a fio na prancheta, enfim, um trabalho que consumiria várias horas do dia como qualquer outro, mas com um diferencial, a criação! Glauco participou deste imaginário, enquanto lia suas tiras do Geraldão, Geraldinho... Recentemente, ri muito com "Ozetês".

A notícia do seu assassinato e de seu filho na madrugada desta terça em Osasco me pegou de surpreza e fez pensar como a violência urbana está tão próxima de todos nós e como a qualquer momento isso pode acontecer. Em minhas memórias Glauco sempre vai existir.

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